quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

UIVO DA LUA CRESCENTE - Tiago Bravo P. de F. Quintes


Sou como cão livre
Vivendo ao relento
Nas fases da lua

Não me aliando
por teto.
Preferindo o vento,
O respeito
dos companheiros de vida.

Cão livre a correr
Madrugada em maresia
Brincando energia e areia
Olfato apurado voltado pro ar

Em bando ou em canto
Não sou doméstico
Nem de plástico
ou robótico.

Cão livre que ladra
Caça
Morde
se for preciso

que vive a gana da vida
deixando de lado
a grana danada
Pra não ser gravata,
granada, grade
Obrigado!

Livre cão cantante
ao soar do vento
que leva e traz
cantos de outros tempos

Ouvidos atentos
a sons, ao silêncio
Há som no silêncio,
que ecoa como concha
trazendo em seu eco
o acorde do mar.

Patas ao chão
caminhante cão livre
Livrando o ócio,
Levando cada hora
e minuto, e segundo, e seguinte
Sem pensar em hora,
sem pensar em ócio,
sem pensar em livre

Livrai-nos da vida de poodle-toy!
Mordai-mos o controle
que controla iludindo.
Sejamos nosso próprio herói
Vivendo amores e dores
Sentindo imediato como a brisa

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