UIVO DA LUA CRESCENTE - Tiago Bravo P. de F. Quintes
Sou como cão livre
Vivendo ao relento
Nas fases da lua
Não me aliando
por teto.
Preferindo o vento,
O respeito
dos companheiros de vida.
Cão livre a correr
Madrugada em maresia
Brincando energia e areia
Olfato apurado voltado pro ar
Em bando ou em canto
Não sou doméstico
Nem de plástico
ou robótico.
Cão livre que ladra
Caça
Morde
se for preciso
que vive a gana da vida
deixando de lado
a grana danada
Pra não ser gravata,
granada, grade
Obrigado!
Livre cão cantante
ao soar do vento
que leva e traz
cantos de outros tempos
Ouvidos atentos
a sons, ao silêncio
Há som no silêncio,
que ecoa como concha
trazendo em seu eco
o acorde do mar.
Patas ao chão
caminhante cão livre
Livrando o ócio,
Levando cada hora
e minuto, e segundo, e seguinte
Sem pensar em hora,
sem pensar em ócio,
sem pensar em livre
Livrai-nos da vida de poodle-toy!
Mordai-mos o controle
que controla iludindo.
Sejamos nosso próprio herói
Vivendo amores e dores
Sentindo imediato como a brisa
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