quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

UIVO DA LUA CRESCENTE - Tiago Bravo P. de F. Quintes


Sou como cão livre
Vivendo ao relento
Nas fases da lua

Não me aliando
por teto.
Preferindo o vento,
O respeito
dos companheiros de vida.

Cão livre a correr
Madrugada em maresia
Brincando energia e areia
Olfato apurado voltado pro ar

Em bando ou em canto
Não sou doméstico
Nem de plástico
ou robótico.

Cão livre que ladra
Caça
Morde
se for preciso

que vive a gana da vida
deixando de lado
a grana danada
Pra não ser gravata,
granada, grade
Obrigado!

Livre cão cantante
ao soar do vento
que leva e traz
cantos de outros tempos

Ouvidos atentos
a sons, ao silêncio
Há som no silêncio,
que ecoa como concha
trazendo em seu eco
o acorde do mar.

Patas ao chão
caminhante cão livre
Livrando o ócio,
Levando cada hora
e minuto, e segundo, e seguinte
Sem pensar em hora,
sem pensar em ócio,
sem pensar em livre

Livrai-nos da vida de poodle-toy!
Mordai-mos o controle
que controla iludindo.
Sejamos nosso próprio herói
Vivendo amores e dores
Sentindo imediato como a brisa

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Está na hora do almoço.
Hoje só comi um pão com requeijão.
Pouco alimento relativo à minha fome.

Não há nada na geladeira.
Necessito ir ao supermercado.

Preciso colocar um negativo de 36 fotografias para revelar.
Seria muito melhor se pudesse revelar fotorafias em casa.

Quero adquirir uma tela e algumas canetas para pintar.
Vou entrar na tentativa de expandir meus desenhos.

Sempre vivo tentanto instalar com êxito alguns caros softwares de edição.
Tenho encontrado problemas nos mais caros e conhecidos.

Em meio a todas essas tarefas e ânsias lembro que tenho um blog.
Lembro que espero que um dia eu possa ser lido por muitas pessoas.
Tanto faz se adorado ou odiado, lido.

Ao perceber que há comentários na minha última postagem resolvi escrever algo.
Então me veio a grande idéia besta de relatar todas as coisas que pretendo fazer hoje.

Parando pra pensar todos esses afazeres muito me agradam,
mas será que garantem meu almoço de amanhã?

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010


Nasci para escrever.
Quando eu era mais novo acreditava mais nisto. Estranho esse escrever. Às vezes áspero e duro, ou fluido e leve em outras vezes. É preciso paz para escrever.

Dentro e fora. Não é preciso de tanta paz fora, como é preciso dentro.


Pensei em fazer outro blog, um com assunto pré-definido. Talvez para falar de arte, do produto dos outros. Mas pra quê dois? Pra ter o que falar quando não tiver o que falar? Basta este canal pra eu ter o que dizer, mesmo que não queira dizer nada.


Passei um bom tempo vendendo minhas horas, só tendo tempo para a escrita no caminho de volta, lendo. Às vezes em pé. Sinto algo. É falta. É saudade de ter tempo para a escrita. É ânsia de escrever todo dia, e transformar os dias em palavras, páginas, memórias alheias... Transformar o verbo em semente de pensamentos, fazendo dos pensamentos frutificarem ações.


É preciso coragem para seguir nosso verdadeiro caminho, pois o mundo parece caminhar em outra direção.

Isto aqui é uma espécie de óleo.

Aquele que inunda a ferrugem seca de tempos parada sob o vento e o sal.

É o escrever que lubrifica. Abrindo caminho para a fluidez.


Imagina a inspiração que brotaria da liberdade plena!


Sempre me preocupo se entendes...

Mentira. Às vezes não me preocupo porque não tenho que me preocupar.