Hoje à tarde um anjo sentou numa mesa de bar.
Estávamos eu, meu amigo, o anjo, e o dono do lugar.
Falamos de amores, de projetos, de poesia,
de poetas, das dificuldades da vida, do futebol.
A poesia prevaleceu. Porque é a mais singela.
E mesmo havendo frustração outra, em momento seguinte,
o lamento não tardou em passar.
A poesia tarda, e nunca se vai tarde.
Em qualquer mesa de bar ou banco de praça
onde exista o soar ou o ler, haverá um anjo sentado, concentrado.
e-volução
terça-feira, 7 de junho de 2011
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
UIVO DA LUA CRESCENTE - Tiago Bravo P. de F. Quintes
Sou como cão livre
Vivendo ao relento
Nas fases da lua
Não me aliando
por teto.
Preferindo o vento,
O respeito
dos companheiros de vida.
Cão livre a correr
Madrugada em maresia
Brincando energia e areia
Olfato apurado voltado pro ar
Em bando ou em canto
Não sou doméstico
Nem de plástico
ou robótico.
Cão livre que ladra
Caça
Morde
se for preciso
que vive a gana da vida
deixando de lado
a grana danada
Pra não ser gravata,
granada, grade
Obrigado!
Livre cão cantante
ao soar do vento
que leva e traz
cantos de outros tempos
Ouvidos atentos
a sons, ao silêncio
Há som no silêncio,
que ecoa como concha
trazendo em seu eco
o acorde do mar.
Patas ao chão
caminhante cão livre
Livrando o ócio,
Levando cada hora
e minuto, e segundo, e seguinte
Sem pensar em hora,
sem pensar em ócio,
sem pensar em livre
Livrai-nos da vida de poodle-toy!
Mordai-mos o controle
que controla iludindo.
Sejamos nosso próprio herói
Vivendo amores e dores
Sentindo imediato como a brisa
Sou como cão livre
Vivendo ao relento
Nas fases da lua
Não me aliando
por teto.
Preferindo o vento,
O respeito
dos companheiros de vida.
Cão livre a correr
Madrugada em maresia
Brincando energia e areia
Olfato apurado voltado pro ar
Em bando ou em canto
Não sou doméstico
Nem de plástico
ou robótico.
Cão livre que ladra
Caça
Morde
se for preciso
que vive a gana da vida
deixando de lado
a grana danada
Pra não ser gravata,
granada, grade
Obrigado!
Livre cão cantante
ao soar do vento
que leva e traz
cantos de outros tempos
Ouvidos atentos
a sons, ao silêncio
Há som no silêncio,
que ecoa como concha
trazendo em seu eco
o acorde do mar.
Patas ao chão
caminhante cão livre
Livrando o ócio,
Levando cada hora
e minuto, e segundo, e seguinte
Sem pensar em hora,
sem pensar em ócio,
sem pensar em livre
Livrai-nos da vida de poodle-toy!
Mordai-mos o controle
que controla iludindo.
Sejamos nosso próprio herói
Vivendo amores e dores
Sentindo imediato como a brisa
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Está na hora do almoço.
Hoje só comi um pão com requeijão.
Pouco alimento relativo à minha fome.
Não há nada na geladeira.
Necessito ir ao supermercado.
Preciso colocar um negativo de 36 fotografias para revelar.
Seria muito melhor se pudesse revelar fotorafias em casa.
Quero adquirir uma tela e algumas canetas para pintar.
Vou entrar na tentativa de expandir meus desenhos.
Sempre vivo tentanto instalar com êxito alguns caros softwares de edição.
Tenho encontrado problemas nos mais caros e conhecidos.
Em meio a todas essas tarefas e ânsias lembro que tenho um blog.
Lembro que espero que um dia eu possa ser lido por muitas pessoas.
Tanto faz se adorado ou odiado, lido.
Ao perceber que há comentários na minha última postagem resolvi escrever algo.
Então me veio a grande idéia besta de relatar todas as coisas que pretendo fazer hoje.
Parando pra pensar todos esses afazeres muito me agradam,
mas será que garantem meu almoço de amanhã?
Hoje só comi um pão com requeijão.
Pouco alimento relativo à minha fome.
Não há nada na geladeira.
Necessito ir ao supermercado.
Preciso colocar um negativo de 36 fotografias para revelar.
Seria muito melhor se pudesse revelar fotorafias em casa.
Quero adquirir uma tela e algumas canetas para pintar.
Vou entrar na tentativa de expandir meus desenhos.
Sempre vivo tentanto instalar com êxito alguns caros softwares de edição.
Tenho encontrado problemas nos mais caros e conhecidos.
Em meio a todas essas tarefas e ânsias lembro que tenho um blog.
Lembro que espero que um dia eu possa ser lido por muitas pessoas.
Tanto faz se adorado ou odiado, lido.
Ao perceber que há comentários na minha última postagem resolvi escrever algo.
Então me veio a grande idéia besta de relatar todas as coisas que pretendo fazer hoje.
Parando pra pensar todos esses afazeres muito me agradam,
mas será que garantem meu almoço de amanhã?
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Nasci para escrever.
Quando eu era mais novo acreditava mais nisto. Estranho esse escrever. Às vezes áspero e duro, ou fluido e leve em outras vezes. É preciso paz para escrever.
Dentro e fora. Não é preciso de tanta paz fora, como é preciso dentro.
Pensei em fazer outro blog, um com assunto pré-definido. Talvez para falar de arte, do produto dos outros. Mas pra quê dois? Pra ter o que falar quando não tiver o que falar? Basta este canal pra eu ter o que dizer, mesmo que não queira dizer nada.
Passei um bom tempo vendendo minhas horas, só tendo tempo para a escrita no caminho de volta, lendo. Às vezes em pé. Sinto algo. É falta. É saudade de ter tempo para a escrita. É ânsia de escrever todo dia, e transformar os dias em palavras, páginas, memórias alheias... Transformar o verbo em semente de pensamentos, fazendo dos pensamentos frutificarem ações.
É preciso coragem para seguir nosso verdadeiro caminho, pois o mundo parece caminhar em outra direção.
Isto aqui é uma espécie de óleo.
Aquele que inunda a ferrugem seca de tempos parada sob o vento e o sal.
É o escrever que lubrifica. Abrindo caminho para a fluidez.
Imagina a inspiração que brotaria da liberdade plena!
Sempre me preocupo se entendes...
Mentira. Às vezes não me preocupo porque não tenho que me preocupar.
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Lentespelhodohomem
Escrever, desenhar, pintar,
falar, gravar, editar,
ressoar, transmitir, sentir,
ver, observar, absorver
Fotografar, na película,
Fotogravar, no cerebelo
Passar adiante
Tantas são as opções
Do homem
Tantos caminhos
A seguir
E tantas as idéias
E tantos os costumes
Indos e vindos
Com ou sem porvir
Os medos
Presentes
Não fogem
Não fogem
Angústia
Animação,
E medo
Não foge!
Tantas escapatórias
Extraordinárias histórias
Experiências de trabalho, palavra, troca
Sábios em atos, letras, artefatos, natureza...
E quando se vê,
o homem...
Quando o homem se vê com ele mesmo,
cara a cara.
Não há nada que valha
Não foge
Não foge
Porque és tu mesmo
Sem espelho,
em carne, osso,
tripas e espírito.
Bota teus sentidos à fora!
Bota teus sentimentos à forra!
E nunca, nunca acredite no desvario dos hípócritas,
aqueles que dizem coisas estúpidas,
eles nada acrescentam.
Na terra que a tudo come
ninguém tem nada a dizer.
Só os sentidos,
Quantos forem precisos.
Conheça a ti,
e saiba conversar contigo.
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Ao lado do meu apartamento, de frente à minha janela, sobe um prédio.
Vejo pelo menos doze funcionários martelando, pregando, soldando, cortando, carregando,
FAZENDO BARULHO!
Moro no segundo andar, a obra está abaixo de mim neste momento. No meio há um grande guindaste que simboliza o tamanho do futuro prédio. A marca do guindaste é CEU, e ele aguenta 1t. O guindaste também faz barulhlhlho.
Todo os dias sou acordado por aquela maldita máquina de cortar madeira.
Janelas fechadas.
Liguei a TV na tentativa de maquiar o som que vem de fora. Passo por quase dez canais (coisa fina para uma TV aberta de antena comum). Vi e ouvi muitos trechos. Desses dez canais apenas dois não perturbavam meu sentido de audição. Fiquei na dúvida sobre o que me incomodava mais naquele momento: obra ou TV.
Olhei para o lado, direto para minha coleção de discos.
Dizem que disco é coisa antiga, coisa pesada, coisa sem valor.
O que é velho é tão valorizado por uns, e tão maldito para outros.
Mas no disco não me interessa a idade. O que vale é o seu conteúdo, o importante são
aqueles riscos que ele contém.
O LP se chama "analógico" porque reproduz as vibrações da música analogamente
nas vibrações da agulha.
Fiquei com preguiça de colocar um disco no aparelho de tocar...
Levantei, já na intensão de escrever aqui.
Ontem vi um filme do Eduardo Coutinho, chamado Edifício Master.
Ele entrevista moradores de um edifício de vinte e três apartamentos por andar,
no bairro mais populoso do Rio.
Todos tinham particularidades muito diferentes e alguns chegavam ao irreverente.
Uma jovem falou de escrever como válvula de escape. Acho que por isso estou aqui.
Havia também uma velhinha que tocava teclado e só escutava seus vinis. Dizia que a filha reclamava, falava que vinil não se usava mais, e ela defendia mostrando o valor que aquilo tinha para ela.
O que vale? Quanto vale?
Será que a obra se cala se alguém pedir?
Discos são nada, peça abandonada.
Prédios arranham o céu, e nunca param.
Palavras lidas, palavras esquecidas,
de que valem palavras eletrônicas?
Na TV se vê venda nos olhos inteligentes,
vendo pelos olhos mais leves.
Quem manda? Pessoas, idéias, sistema, Deus?
Será que perguntar vale de alguma coisa,
ou só deixa você na dúvida também?
Me desculpe.
Tenho que ir.
Faltam trinta e cinco minutos para eu entrar no meu trabalho,
e já estou atrasado uma hora e meia.
O trtrtrtrânsito me espera lá fora.
Fones de ouvido me acompanham por aqui.
Vejo pelo menos doze funcionários martelando, pregando, soldando, cortando, carregando,
FAZENDO BARULHO!
Moro no segundo andar, a obra está abaixo de mim neste momento. No meio há um grande guindaste que simboliza o tamanho do futuro prédio. A marca do guindaste é CEU, e ele aguenta 1t. O guindaste também faz barulhlhlho.
Todo os dias sou acordado por aquela maldita máquina de cortar madeira.
Janelas fechadas.
Liguei a TV na tentativa de maquiar o som que vem de fora. Passo por quase dez canais (coisa fina para uma TV aberta de antena comum). Vi e ouvi muitos trechos. Desses dez canais apenas dois não perturbavam meu sentido de audição. Fiquei na dúvida sobre o que me incomodava mais naquele momento: obra ou TV.
Olhei para o lado, direto para minha coleção de discos.
Dizem que disco é coisa antiga, coisa pesada, coisa sem valor.
O que é velho é tão valorizado por uns, e tão maldito para outros.
Mas no disco não me interessa a idade. O que vale é o seu conteúdo, o importante são
aqueles riscos que ele contém.
O LP se chama "analógico" porque reproduz as vibrações da música analogamente
nas vibrações da agulha.
Fiquei com preguiça de colocar um disco no aparelho de tocar...
Levantei, já na intensão de escrever aqui.
Ontem vi um filme do Eduardo Coutinho, chamado Edifício Master.
Ele entrevista moradores de um edifício de vinte e três apartamentos por andar,
no bairro mais populoso do Rio.
Todos tinham particularidades muito diferentes e alguns chegavam ao irreverente.
Uma jovem falou de escrever como válvula de escape. Acho que por isso estou aqui.
Havia também uma velhinha que tocava teclado e só escutava seus vinis. Dizia que a filha reclamava, falava que vinil não se usava mais, e ela defendia mostrando o valor que aquilo tinha para ela.
O que vale? Quanto vale?
Será que a obra se cala se alguém pedir?
Discos são nada, peça abandonada.
Prédios arranham o céu, e nunca param.
Palavras lidas, palavras esquecidas,
de que valem palavras eletrônicas?
Na TV se vê venda nos olhos inteligentes,
vendo pelos olhos mais leves.
Quem manda? Pessoas, idéias, sistema, Deus?
Será que perguntar vale de alguma coisa,
ou só deixa você na dúvida também?
Me desculpe.
Tenho que ir.
Faltam trinta e cinco minutos para eu entrar no meu trabalho,
e já estou atrasado uma hora e meia.
O trtrtrtrânsito me espera lá fora.
Fones de ouvido me acompanham por aqui.
sexta-feira, 23 de julho de 2010
Saquarema
Poema feito em homenagem à cidade onde não nasci, mas onde muito aprendi e muito me inspirei em frente ao seu mar sagrado. Esse é o único poema que sei de cor ("de coração", "by heart")
Saquarema
Cidade dos mares
Mesmo se contares
Não daria finito
Lugar de bons ares
Ar de bons lugares
Tudo é mais bonito
Vila pequena
Vida serena
Na rua ou nos lares
Pela mãe do bendito
Abençoada é
Tudo nela é questão de fé
Não há raio que parta
Nem vento que derrube
Saquarema de Nazaré!
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